Daniel Radcliffe da entrevista e fala sobre namoro, Harry Potter e muito mais.

Daniel está na nova edição da Parade Magazine, e eles  liberaram um novo vídeo onde podemos dar uma olhada no photoshoot que Dan fez para a revista. No vídeo, ele fala sobre seus velhos e novos projetos: Harry Potter, How To Succeed, A Mulher de Preto e outros assuntos como homofobia.

                                          
Daniel Radcliffe – Parade Magazine

Você é romântico?
“Sim. Eu não sei de onde meu romantismo vem. Minha e meu pai sempre leram muito pra mim. Ilha do Tesouro, Robinson Crusoe, contes de cavaleiros e cavalarias, coisas assim. Essa são as histórias que eu amei ao crescer. Eu ainda vejo algo muito romântico no mundo que talvez não exista. Eu suponho que eu quero que este seja o lugar de cavaleiros e esse tipo de coisas”

Cavaleiros casam com princesas. Você quer se casar?
“Sim, absolutamente. Enquanto eu crescia, eu pensava em casamento como sendo algo muito oficial, a elaboração de um contrato. Parecia um pouco clínico pra mim. Mas então você conhece alguém que você realmente ama e você pense, ‘Na verdade, eu não me importaria de ficar na frente dos meus amigos e família e contar a eles o quanto eu te amo e gostaria de ficar com você pra sempre’.”

Você está apaixonado pela sua namorada Rosie Coker?(Daniel conheceu Coker, uma assistente de produção, nos sets do último filme de Harry Potter.)
“Sim, absolutamente. Quando Rosie está aqui, todo dia parece melhor… Eu não sou uma pessoa fácil de amar. Tem várias vezes em que sou um ótimo namorado, mas tem vezes que eu sou inútil. Quero dizer, eu sou uma bagunça pela casa. Eu não paro de falar. Eu me torno obcecado por coisas. Esse ano é o Fantasy Football, o que significa que Rose tem que me ouvir falando 24 horas do dia sobre esse time. ‘Eu deveria fazer esse jogador sair, o que você acha querida?’ E ela escuta, e ela me ama pela minha esquisitice, minha falta de jeito, todas as coisas que eu odeio em mim mesmo. Ela os acha fofo. Eu acho que isso é amor.”

Por que isso?
“Eu odiava namorar, porque eu sou uma porcaria nisso! (risos). Com Rosie, eu não sabia o que era apropriado, como em que encontro eu supostamente poderia tentar beijá-la. No fim do segundo encontro eu usei um movimento do livro Bela Lugosi Book of Woo – eu fui para beijar Rosie e no último minuto, eu perdi minha cabeça e acabei beijando o pescoço dela, que é um lugar tão íntimo pra se beijar  alguém no segundo encontro. Depois disso eu mandei uma mensagem pra ela, dizendo ‘Me desculpe, o que eu fiz provavelmente deve ter parecido bem estranho pra você’. Felizmente, ela achou isso muito engraçado, então ela continuou voltando.”

Ano passado você abriu mão do álcool. Por quê?
“Minha vida pessoal estava sendo afogada. Eu tinha trabalhado com Richard Harris, Gary Oldman, todos esse atores que enlouqueceram quando eram jovens, e eu sempre quis isso. A ideia desse tipo de vida e caos sempre foi atrativa pra mim. Infelizmente, o modo como eu faço isso, não tem romance nisso! (risos). Não tem nada de glorioso ou triunfante nisso – era patético, entediante e infeliz.”

Seu pai é protestante de Ulster e sua mãe é inglesa e judia. Você foi criado em alguma religião em particular?
“Nunca teve fé (religiosa) na casa. Eu penso em mim mesmo como sendo judeu e irlandês, apesar do fato de ser inglês. Meu pai acredita em Deus, eu acho. Eu não tenho certeza se minha mãe acredita. Eu não acredito. Eu tenho um problema com religião ou qualquer coisa que diga ‘Nós temos todas as respostas’, porque não existe essa coisa de ‘as respostas’. Nós somos complexos. Nós mudamos nossas mentes em questões todo o tempo. Religião não deixa espaço pra complexidade humana.”

Você teve e tem muito sucesso para alguém tão jovem. Você teme que isso não dure?
“Sim. Mas não é realidade, não um medo. Isso vai acontecer, e eu aceitei isso. De certa forma, é um alívio saber que eu nunca, nunca vou fazer um filme tão bem sucedido quanto os da série Harry Potter. Mas ninguém mais vai (risos). Ou vai lhes cobrar muito tempo.”

Sobre ajudar os outros.
“Eu me envolvi com o The Trevor Project (uma instituição de caridade que trabalha para prevenir jovens gays de cometer suicídio) no final de 2008 quando eu estava em New York fazendo Equus. Alguns dos meus amigos me fizeram ciente disso. Isso soa como uma coisa fantástica. Pessoas precisam disso. A taxa de suicídio entre adolescentes gays é quatro vezes maior que a de crianças em linha reta. Eu não podia acreditar que nada como isso tinha existido antes. Eu acho que qualquer pessoa com a mente livre que se torna muito rico e tem opiniões fortes sobre as coisas, se envolveria com alguma coisa com o The Trevor Project ou bolsas de estudo pra as escolar ou o que quer que seja. Fama é muito útil para se dirigir atenção para essas coisas.
“Eu fui tão bem pago por fazer os filmes Harry Potter, é ridículo. Se alguém me perguntasse, ‘Você acha que você merece esse dinheiro?’, Não, é claro que não. ‘Mas você aceitou o dinheiro mesmo assim?’ Claro. Aconteceu de eu ter entrado nessa indústria onde as pessoas são pagas com quantias loucas de dinheiro. Essa é a realidade. Eu me sinto quase culpado por ter me saído tão bem fora de Potter. Mas há um imperativo moral em ajudar os outros. Sabe, o fato de eu acordar todos os dias no meu adorável apartamentoem New York, passear por aqui, e fazer alguns shows, e tem alguém em algum país que acorda se perguntando onde ele vai dormir essa semana – é um sentimento horroroso. Há esse sentimento de que você tem que fazer algo. Eu sinto que Brad Pitt iria concordar que o melhor modo de ajudar é ir atrás de coisas que você realmente se apaixone, como o The Trevor Project. Você tem que ser caridoso.”

Sobre homofobia.
“Perceber que outras pessoas têm problemas com homossexualidade foi uma coisa estranha pra mim. Quando criança isso não foi algo realmente mencionado pra mim. Isso nunca foi nem realmente explicado pra mim. Era simplesmente, ‘Este é Mark e ele é gay’. Mark era só um outro amigo do trabalho do pai que falava sobre seu namorado, em vez de sua namorada. Eu tinha 5 anos. Eu não me importava. Parecia perfeitamente normal, e ainda é assim… Isso me enlouquece… Que pessoas possam ter essas atitudes ignorantes e trazer a religião para isso… Por que você iria querer um Deus que escolhe quem vive?… Isso não faz nenhum sentido.”

Sobre casamento.
“Eu tenho um ótimo exemplo para olhar em meus pais, porque eles estão casados por pelo menos 25 anos e, eu acho, que eles têm estado juntos por pelo menos 5 anos antes disso. Então, eles estão juntos por muito tempo.Eu não recomendaria ninguém a se casar com um ator, na verdade (risos). Claro, há casos em que isso funciona, mas eu sou um ator e eu sou como eu sou. Atores e atrizes geralmente são bem neuróticos.”

Sobre trabalho – preocupações, alcançar seu melhor.
“Eu me preocupo com coisas como se eu não estou sendo bom o suficiente, ou se meu próximo filme não vai ser tão bom e eventualmente as pessoas vão dizer ‘Oh, por que você não segue em frente e faz alguma outra coisa?’… Claro que eu me preocupo com todas essas coisas, mas isso sai do orgulho, eu sei que no fundo, eu sou esperto o suficiente, bom o suficiente, trabalho duro o suficiente para alcançar. Eu agora quero fazer uma mistura de tudo que eu puder, dos palcos para atuar em filmes, e continuar trabalhando. O que é adorável sobre a minha fama é que realmente ajuda você a conseguir filmes feitos independentemente, porque meu nome carrega certa importância no momento, e ele carregará por mais alguns anos. Se você olhar para alguém como Brad Pitt ou George Clooney, eles são caras que tem uma fama imensa e alguns dos filmes comerciais mais bem sucedidos, mas eles balanceiam entre fazendo algo que eles amem, que interessem a eles. Ambos poderiam ter se perdido se fizessem apenas papéis românticos pelo resto de suas carreiras e fizeram um ótimo trabalho. Mas eles realmente quiseram fazer coisas diferentes. A maioria da carreira de Clooney, como ator e diretor, é para o que eu olho. Se eu puder alcançar metade do que ele alcançou, eu serei feliz.”

Sobre sua vida como poeta.
“Eu acho que poesia é uma cor – é tão fundamental quanto. Nõ pode provocar uma profunda reação humana. Entendendo o que a poesia está dizendo vem de algo fundamental em nós que é movido pela musicalidade da língua. Eu amo ‘The Love Song of J. Alfred Prufrock’ de T. S. Eliot. Eu estava obcecado com isso. Aquele poema é com eu vejo eu mesmo. É como as pessoas que tem uma vida interior que querem expressar. Esse é o poderoso poder do poema. Pra mim é sobre alguém que quer que o mundo seja como ele o imagina e é constantemente desapontado porque não é. Poesia nem sempre foi uma escolha elitista. Em algum lugar no decorrer dos anos, escrever poesia começou a ser visto como que meninas fazem, não algo que um os homens de verdade se preocupariamem fazer. Oautor inglês Tony Harrison é um poeta moderno e meu herói. É duro, muscular, bruto, linguagem raivosa, e é emocionante de ler.”

Sobre seu novo filme, A Mulher de Preto.
“Por cima, é sobre um jovem advogado, viúvo, que recebe a tarefa de coletar a papelada de uma mulher recém-falecida na parte rural de Londres. Ele vai e é aterrorizado pelos fantasmas de uma mulher morta diferente. Todos os personagens que você conhece no filme foi tocado pelo luto em algum momento. Stanley Kubrick disse que qualquer filme sobre o sobrenatural é inerentemente consolador, porque implica uma pós-vida. É sobre isso que nosso filme fala, realmente. Por cima, é sobre ser aterrorizado, mas na verdade é sobre o amor.”

 É isso.Fique aqui no O PASQUIM para mais novidades.
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